sexta-feira, novembro 28, 2014

Já parou para pensar como seria sua vida sem açúcar?


Para muita gente, esse cenário deve ser um tanto assustador, o quadro pode não ser tão terrível quanto se pode imaginar. O livro "Year of No Sugar", lançado recentemente pela americana Eve Schaub, conta a experiência vivida por ela, o marido e suas duas filhas, em que passaram um ano inteiro sem consumir açúcar, mel e alimentos com o doce adicionado artificialmente. isso significou uma mudança radical nos hábitos da família, já que a maior parte dos itens dos supermercados continham alguma quantidade de açúcar em sua fórmula. Até mesmo comidas salgadas vinham com o ingrediente, como bacon, biscoitos, papinha para bebês e molhos para salada. A saída adotada foi preencher o cardápio com mais vegetais frescos e verificar, rótulo por rótulo, tudo que ia para o carrinho.

O esforço foi recompensador. Ao se livrarem do "vício", aos poucos, todos passaram a se sentir melhor, com mais disposição e menos problemas de saúde. Essa mudança no paladar é real. De acordo com a nutricionista Claudia Coelho, esse sentido fica acostumado ao hábito alimentar. 
"Ao consumirem muito açúcar, as pessoas têm cada vez mais necessidade de comer doces." Diz a nutricionista. 
Ao interromper o consumo e, mais tarde, voltar ao costume, o corpo sofre em vários sentidos. "Depois que se torna um hábito comer os alimentos com menos açúcar, é muito difícil voltar a consumir os muito doces. Outro fator é o funcionamento intestinal, que pode ficar mais descompensado quando você volta a consumir açúcar em excesso". Mas, se voltar a comer açúcar causa tantos incômodos, porque valeria a pena parar, em primeiro lugar? Segundo Claudia, como esse ingrediente é um carboidrato simples, ele é rapidamente incorporado pelo organismo. Há pesquisas que relacionam o excesso de açúcar à hiperatividade, ao déficit de atenção e à sobrecarga do pâncreas produtor de insulina, hormônio que disponibiliza açúcar para as células. 
"Se consumido sem controle, pode causar ou agravar patologias preexistentes, além da obesidade. Mas o pior de tudo é o fato de não conter nenhum outro nutriente", diz a Dra.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reduziu o valor recomendado de açúcar de 10% para 5% de uma dieta de 2.000 calorias diárias. Isso equivale a cerca de 20 gramas, ou cinco colheres de chá. Uma lata de refrigerante, por exemplo, já é o dobro do indicado, pois pode ter até 40 gramas de açúcar.

Antes de pensar que substituir todo o açúcar de mesa (cristal ou refinado) pelos adoçantes artificiais (edulcorantes), Claudia afirma que eles são mais recomendados para diabéticos e, ainda, com restrições.
"Os adoçantes artificiais não são absorvidos e metabolizados pelo nosso corpo e, mesmo não representando incremento nas calorias da dieta, prefiro usar moderação, tentar educar o paladar para sabores menos intensos", diz.
Moderação foi a palavra de ordem para a família de Eve Schaub, que, depois de um ano radical sem açúcar, voltou a consumir os alimentos adoçados com mais controle. Para quem está disposto a encarar a empreitada, um bom começo é cortar a adição de açúcar de mesa, substituindo-o por frutas secas, açúcar mascavo e mel, já que é mais difícil eliminar os itens industrializados da rotina. Nos momentos de dificuldade, alguns alimentos ricos em aminoácidos como o triptofano (banana e o grão de bico, por exemplo) são bons aliados, pois reduzem a compulsão por doces.

Para ajudar você a diminuir o consumo de açúcar listamos 18 formas do açúcar acabar com a sua saúde:
  • Pode desativar o seu sistema imunológico e prejudicar suas defesas contra doenças infecciosas.
  • Pode provocar um aumento rápido de adrenalina, de hiperatividade, de ansiedade, de dificuldade de concentração e de irritabilidade em crianças.
  • Pode provocar um aumento significativo no nível total de colesterol, triglicerídeos e mau colesterol, e reduzir o do bom colesterol além de contribuir para a obesidade.
  • Provoca a perda de elasticidade e funcionalidade dos tecidos.
  • Alimenta as células cancerosas e está relacionado ao desenvolvimento de câncer de mama, ovário, próstata, reto, pâncreas, trato biliar, pulmão, vesícula e estômago.
  • Pode piorar a visão.
  • Pode provocar muitos problemas do trato gastrointestinal, como gastrite, indigestão, má absorção em pacientes com doença intestinal funcional, aumento do risco de doença de Crohn, colite ulcerativa.
  • Pode provocar o envelhecimento prematuro ao fazer a pele envelhecer mudando a estrutura do colágeno.
  • Pode levar ao alcoolismo e embebedar, como o álcool.
  • Pode estragar os dentes, provocar doença periodontal (das gengivas) e  acidificar a saliva.
  • Pode provocar doenças autoimunes como artrite, asma e esclerose múltipla.
  • Pode provocar cálculos de vesícula.
  • É o inimigo nº 1 do funcionamento do intestino e pode provocar hemorroida.
  • Pode provocar varizes.
  • Pode contribuir para a osteoporose.
  • Pode reduzir o nível de vitamina E.
  • Provoca pressão alta em pessoas obesas.
Fontes: Viva plenamente e Nancy Appleton Books.

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